sexta-feira, 11 de abril de 2025

 COLÉGIOS. MESTRES E DOUTORES DO SABER (do Livro Minhas Memórias de São Luís)

Hamilton Raposo Miranda Filho


Todos os dias eu agradeço por nascer e morar na melhor e mais bonita cidade do Brasil. São Luís é riquíssima em cultura, gastronomia, arquitetura e belezas naturais. Nenhuma cidade do Brasil reúne esses elementos com tamanha harmonia e predominância.


São luís também tem seus encantos na educação. Colégios que resistem, outros que fisicamente deixaram de existir, mas insistem em permanecerem vivos na memória da cidade. 


Professores, grandes mestres da educação, escolas que se eternizaram na história de São Luís e que marcaram a vida social da cidade, formando cidadãos e cidadãs, numa época em que as aulas eram ministradas com o suporte de giz, quadro negro e cartolina. E aqui vai uma lembrança de uma geração que viveu o privilégio de conhecer estas escolas e seus grandes mestres:


1- Instituto Raimundo Cerveira e Colégio Zoé Cerveira - Família Nascimento de Moraes.

2- Colégio Conceição de Maria - Professoras Maria Ferreira e Lucinha Ferreira.

3 Colégio São Luís Gonzaga - Professora Zuleide Bogéa.

4- Colégio Liceu Maranhense - Professores José Rosa, Sued, Concita Quadros, Luís Aranha e muitos outros.

5- Colégio Maristas - Irmão Jorge, Irmão Pio, Irmão José...

6- Colégio São Luís - Professores Luís Rego e Luís Augusto.

7- Colégio Ateneu Teixeira Mendes - Professor Solano Rodrigues.

8- Colégio Cardoso Amorim - Professor Capitulino.

9- Colégio Centro Caixeiral - Professores Washington e Álvaro.

10 - Academia do Comércio: Professor Waldemar Carvalho.

11- Colégio Santa Teresa: Madre Câmara, Madre Coutinho, Madre Guiomar, Madre Lima.

12 - Colégio Batista: Professor Figueiredo.

13 - Colégio Rosa Castro - Professora Zuíla.

14 - Escola Técnica - Professor Ronald Carvalho.

15 - Escola Santa Terezinha - Família Valois.

16 - Colégio Dom Bosco - Professor Luís Pinho e Professora Maria Isabel.

18 - Colégio Girassol - Professora Déa Vasques e Ana Maria Belfort.

19 - Colégio São Vicente de Paula

20 - Curso de Inglês John Kennedy - Professora Jean Mouse Camarão.


 Mestres, os doutores do saber, merecerão sempre o registro da história pela dedicação na arte de educar. Aqui cito alguns que passaram pela minha vida e me marcaram para sempre: Dimas, Raimunda Santos, Maria da Graça Jorge, Concita Quadros, Sued, Monteiro, Cota Varela, Adelaide, dona Severa, Floriano de Jesus, Bibiano, Ramiro Azevedo, Botão, Conceição Bastos, e muitos outros que levarei na memória para sempre.


Confesso com orgulho e admiração que tive a honra de estudar em algumas dessas escolas e de ser aluno destes grandes Mestres.

sexta-feira, 4 de abril de 2025

 O FUTURO DA CLASSE MÉDIA NO CAPITALISMO, AINDA EXISTE ESPERANÇA PARA O SOCIALISMO

HAMILTON RAPOSO DE MIRANDA FILHO


Todas as potências da velha Europa uniram-se para combater os novos modelos ideológicos que contrariavam os privilégios das classes dominantes. E assim, o Papa Pio IX, o Czar Nicolau I, Metternick, os radicais franceses e os policiais alemães, todos combateram a nova forma política e econômica advinda de Karl Marx, o Materialismo Dialético.


Em 1848, Karl Marx na cidade de Londres, afirmou que já “é tempo dos comunistas exporem a todo mundo o seu modo de ver e pensar, as suas tendências, expondo ao mundo, o que seja o espectro do comunismo.”


A história de todas as sociedades que existiram até os nossos dias, sempre houve a história de lutas entre as classes sociais: homens livres e escravos, patrícios e plebeus, barões feudais e servos, patrões e empregados, opressores e oprimidos. A luta de classe é uma transformação revolucionária na construção de uma sociedade mais igualitária. 


A evolução das sociedades coincide com a revolução industrial, que fez surgir novas classes sociais. A exploração do trabalho se tornou um lugar comum. O crescimento do mercado fez com que a manufatura se tornasse insuficiência, surge a máquina, a produção industrial e o novo burguês.


Anteriormente, a burguesia destruiu todas as relações feudais, patriarcais e os sentimentos idílicos. Destruiu campos, áreas ocupadas, destruiu as relações humanas, restringindo todas as relações no “pagamento em dinheiro.”


O Burguês moderno, através da exploração do mercado mundial, retirou da indústria sua base nacional, tonando-se cosmopolita e muito pior, disseminou guerras por capital e lucro, destruiu singularidades próprias de cada povo e transformou o vassalo em defensor do capital e o oprimido em defensor do opressor. Surge o “Eu Civilizado.”


O “eu civilizado” é o consumidor de produtos novos, produtos para as “necessidades novas”, geralmente produzidos em outros países. O “eu civilizado” perde o seu contato cultural e intelectual com o seu lugar e consome a produção cultural e intelectual de um outro lugar, como se fosse um patrimônio comum de todos. O novo burguês, opressor por excelência, obriga todas as nações, sob pena de extinção, a adotarem o novo modelo de pensamento da burguesia opressora. 


A burguesia, a elite do capital, centralizou os meios de produção e concentrou a propriedade e o capital em poucas mãos. A participação popular e a força produtiva foi substituída pela livre concorrência como uma constituição política e social, com o domínio econômico e político da nova burguesia, sem nenhuma participação do trabalhador.


E a cada crise que acontece na sociedade, grande parte dos produtos fabricados ou industrializados, são destruídos pelo capital, como também são destruídos a força produtiva, os trabalhadores são demitidos e a sociedade se vê aniquilada. As crises sociais suprimem os meios legais de subsistência da sociedade, a indústria e o comércio ficam impotentes para a nova força do capital, o capital especulativo e volátil. A força deste capital esmaga o trabalhador e a classe que ascendeu socialmente, a classe média, que ao receber o seu salário, devolve parte do salário a elite burguesa, em forma de aluguel, financiamento, plano de saúde, empréstimos consignados, pagamentos de tributos e pagamentos com educação


A nova classe social, a classe média, empobrece com o tempo e cai no proletariado. Suas habilidades são desvalorizadas pelos novos métodos de produção e pela idade no trabalho. A perda social e econômica é o caminho sem volta da classe média.


O capital sobreviverá somente da especulação, exploração e da produção de armas e guerras. As armas produzidas, poderão voltar-se contra os senhores do capital. Assim será!