sexta-feira, 4 de abril de 2025

 O FUTURO DA CLASSE MÉDIA NO CAPITALISMO, AINDA EXISTE ESPERANÇA PARA O SOCIALISMO

HAMILTON RAPOSO DE MIRANDA FILHO


Todas as potências da velha Europa uniram-se para combater os novos modelos ideológicos que contrariavam os privilégios das classes dominantes. E assim, o Papa Pio IX, o Czar Nicolau I, Metternick, os radicais franceses e os policiais alemães, todos combateram a nova forma política e econômica advinda de Karl Marx, o Materialismo Dialético.


Em 1848, Karl Marx na cidade de Londres, afirmou que já “é tempo dos comunistas exporem a todo mundo o seu modo de ver e pensar, as suas tendências, expondo ao mundo, o que seja o espectro do comunismo.”


A história de todas as sociedades que existiram até os nossos dias, sempre houve a história de lutas entre as classes sociais: homens livres e escravos, patrícios e plebeus, barões feudais e servos, patrões e empregados, opressores e oprimidos. A luta de classe é uma transformação revolucionária na construção de uma sociedade mais igualitária. 


A evolução das sociedades coincide com a revolução industrial, que fez surgir novas classes sociais. A exploração do trabalho se tornou um lugar comum. O crescimento do mercado fez com que a manufatura se tornasse insuficiência, surge a máquina, a produção industrial e o novo burguês.


Anteriormente, a burguesia destruiu todas as relações feudais, patriarcais e os sentimentos idílicos. Destruiu campos, áreas ocupadas, destruiu as relações humanas, restringindo todas as relações no “pagamento em dinheiro.”


O Burguês moderno, através da exploração do mercado mundial, retirou da indústria sua base nacional, tonando-se cosmopolita e muito pior, disseminou guerras por capital e lucro, destruiu singularidades próprias de cada povo e transformou o vassalo em defensor do capital e o oprimido em defensor do opressor. Surge o “Eu Civilizado.”


O “eu civilizado” é o consumidor de produtos novos, produtos para as “necessidades novas”, geralmente produzidos em outros países. O “eu civilizado” perde o seu contato cultural e intelectual com o seu lugar e consome a produção cultural e intelectual de um outro lugar, como se fosse um patrimônio comum de todos. O novo burguês, opressor por excelência, obriga todas as nações, sob pena de extinção, a adotarem o novo modelo de pensamento da burguesia opressora. 


A burguesia, a elite do capital, centralizou os meios de produção e concentrou a propriedade e o capital em poucas mãos. A participação popular e a força produtiva foi substituída pela livre concorrência como uma constituição política e social, com o domínio econômico e político da nova burguesia, sem nenhuma participação do trabalhador.


E a cada crise que acontece na sociedade, grande parte dos produtos fabricados ou industrializados, são destruídos pelo capital, como também são destruídos a força produtiva, os trabalhadores são demitidos e a sociedade se vê aniquilada. As crises sociais suprimem os meios legais de subsistência da sociedade, a indústria e o comércio ficam impotentes para a nova força do capital, o capital especulativo e volátil. A força deste capital esmaga o trabalhador e a classe que ascendeu socialmente, a classe média, que ao receber o seu salário, devolve parte do salário a elite burguesa, em forma de aluguel, financiamento, plano de saúde, empréstimos consignados, pagamentos de tributos e pagamentos com educação


A nova classe social, a classe média, empobrece com o tempo e cai no proletariado. Suas habilidades são desvalorizadas pelos novos métodos de produção e pela idade no trabalho. A perda social e econômica é o caminho sem volta da classe média.


O capital sobreviverá somente da especulação, exploração e da produção de armas e guerras. As armas produzidas, poderão voltar-se contra os senhores do capital. Assim será!

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