quinta-feira, 15 de novembro de 2018

CUBA, MARANHÃO, CARIBE, REGGAE E UMA DOSE DE CACHAÇA.
Além da eleição do Bolsonaro, o assunto mais comentado nas redes sociais, foi o Programa Mais Médicos e os cubanos. A semelhança entre o povo do Caribe e o povo do Maranhão, fez com que, além dos serviços prestado, eles aqui se sentissem em casa, melhor, em Cuba, e os maranhenses, muito bem atendidos.
A simbiose entre Maranhão, África e Caribe há muito vem sendo tocada, ouvida e compassadamente, ao ritmo do coração, dançada em diversos salões de Reggae da ilha mais rebelde do mundo. Aqui se mistura todos os ritmos e todas as crenças. A mãe África nos deu xamãs, benzedeiros, curandeiros, pais e mães de santos. O Caribe nos trouxe o reggae e os cubanos para os nossos PSF.
Certa vez em visita ao penalvense Antônio, casado com a minha prima Gorete, proprietário do Restaurante Canto Certo, entre boa conversa e uma garfada no prato de mocotó, Antônio me convenceu a experimentar a famosa cachaça Jatobá e que segundo o penalvense além dos poderes afrodisíacos, tinha propriedades medicinais e era um excelente antigripal quando associado com limãozinho e sal. Experimentei e gostei do resultado. Comprovadamente a cachaça Jatobá a mais famosa da baixada maranhense, desce fácil e não deixa nenhum ardor na degustação. Jatobá é patrimônio imaterial de Penalva.
Lambedor, cachaça ou meota tem os seus doentes fiéis e usuários habituais, e se for ou não eficaz terapeuticamente, aí será uma outra história contada por Antônio, o xamã que não nasceu no Caribe, mais tem suas particularidades. A cachaça já foi aprovada por mim, Joãozinho Ribeiro e por mestre Garonne.
Diante de tantos fatos pitorescos que aconteceram nos últimos dias, veio a discussão sobre a semelhança e a relação de Cuba com o Maranhão. Cuba é uma ilha tal e qual São Luís, a capital maranhense. Cuba é rebelde que nem São Luís e ambas têm musicalidade e passam por grandes transformações. Cuba aos poucos se ver livre de um vil e cruel bloqueio econômico e aos poucos se aproxima do capitalismo sem perder sua identidade revolucionária. O Maranhão também passa por uma grande transformação, tem pela primeira vez na história do Brasil um governador comunista, reeleito democraticamente com 60% dos eleitores maranhenses, que confirmaram e aprovaram o projeto do governador, o que nos faz aproximar ainda mais da Ilha Castrense, sem perdermos nossa identidade, nossa musicalidade e nossa rebeldia. 
São Luís também se assemelha através da sua identidade cultural a uma outra ilha do Caribe, a Jamaica, bem menos revolucionária que a vizinha caribenha, mais rebelde que nem São Luís. E por conta desta semelhança, São Luís é identificada como a Jamaica Brasileira. Ademar Danilo, meu amigo, agitador social e cultural, Dj dos bons e responsável por diversas “pedras de responsa” que embalam nossa cidade, com certeza seria um excelente embaixador ou ministro das relações culturais entre as duas ilhas ou entre as três ilhas.

Nenhum comentário: