O BEIJO.
Ainda
que o vento
Não
tivesse fim
E
que se perderia
Na
solidão do espaço.
E
que o sopro
Fosse
o esboço da vida,
O
começo,
Meio
E
fim.
Nada
mais
Seria
santificado
Que
o beijo,
Escárnio
da traição
E
volúpia abençoada
De
cada dia.
O
que se perdeu no juízo,
Além
das mãos
Falsamente
limpas?
Nada.
E
nada ficou como antes.
O
beijo
E
as mãos
Continuam
sujas e traiçoeiras,
A
vida,
Foi
glorificada,
Morta
E
sepultada.
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